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Bipotencialidade na Diferenciação Sexual: Compreendendo o Espectro de Possibilidades

No contexto da diferenciação sexual, a bipotencialidade refere-se à capacidade de um único gene ou conjunto de genes influenciar o desenvolvimento das estruturas reprodutivas masculinas e femininas. Isso significa que o mesmo gene ou conjunto de genes pode ter efeitos diferentes dependendo do contexto em que são expressos.

Por exemplo, em humanos, o gene SRY é responsável por desencadear o desenvolvimento dos testículos no embrião, o que leva à formação das estruturas reprodutivas masculinas. No entanto, se o gene SRY estiver mutado ou ausente, o embrião pode desenvolver-se como uma mulher, mesmo que a composição genética seja masculina. Isto demonstra que o gene SRY tem efeitos bipotenciais, pois pode influenciar o desenvolvimento das estruturas reprodutivas masculinas e femininas.

A bipotencialidade é um conceito importante na compreensão da complexa interação de fatores genéticos e hormonais que influenciam a diferenciação sexual em humanos e outros animais. Destaca a ideia de que sexo e género não são conceitos fixos ou binários, mas sim um espectro de possibilidades que dependem do contexto específico e da expressão de genes e hormonas.

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